Histórico

O ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, foi criado em dezembro de 1950 por resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas. Iniciou suas atividades em janeiro de 1951, com um mandato inicial de três anos para reassentar refugiados europeus que estavam sem lar após a Segunda Guerra Mundial. Seu trabalho tem como base a Convenção de 1951 da ONU sobre Refugiados.

O Protocolo de 1967 reformou a Convenção de 1951 e expandiu o mandato do ACNUR para além das fronteiras europeias e das pessoas afetadas pela Segunda Guerra Mundial. Em 1995, a Assembleia Geral designou o ACNUR como responsável pela proteção e assistência dos apátridas em todo o mundo. Em 2003, foi abolida a cláusula que obrigava a renovação do mandato do ACNUR a cada três anos.

Nas últimas décadas, os deslocamentos forçados atingiram níveis sem precedência. Estatísticas recentes revelam que mais de 67 milhões de pessoas no mundo deixaram seus locais de origem por causa de conflitos, perseguições e graves violações de direitos humanos. Entre elas, aproximadamente 22 milhões cruzaram uma fronteira internacional em busca de proteção e foram reconhecidas como refugiadas. A população de apátridas (pessoas sem vínculo formal com qualquer país) é estimada em 10 milhões de pessoas.

O ACNUR já auxiliou dezenas de milhões de pessoas a recomeçarem suas vidas. Por seu trabalho humanitário, recebeu duas vezes o Prêmio Nobel da Paz (1954 e 1981). Atualmente, a agência conta com quase 12 mil funcionários e está presente em cerca de 130 países com mais de 460 escritórios. Por meio de parcerias com centenas de organizações não governamentais, o ACNUR presta assistência e proteção a mais de 67 milhões de homens, mulheres e crianças.

O ACNUR se mantém por meio de contribuições voluntárias de países, além de doações arrecadadas junto ao setor privado e a doadores individuais. O orçamento anual da agência ultrapassa os US$ 7,5 bilhões.

 

Abertura dos escritórios do ACNUR no Brasil

★ 1982 Rio de Janeiro (RJ). O ACNUR começou suas operações no Brasil no Rio de Janeiro para prestar apoio aos refugiados de países latino-americanos.

1988 Brasília (DF). No fim deste ano, o escritório do ACNUR encerrou suas atividades na capital fluminense e reabriu em Brasília, onde centralizou suas operações de advocacy e exerceu suas atividades até dezembro de 1998.

2004 Brasília (DF). Foi reaberto novamente na capital brasileira em março de 2004, onde segue operando atualmente.

2007 Manaus (AM). Após a reabertura em 2004, o ACNUR abriu um segundo escritório, em Manaus, em 2007 para atender ao fluxo de colombianos que foram forçados a se deslocar em função dos conflitos internos desse país.

2013 São Paulo (SP). Em São Paulo (SP), o escritório do ACNUR iniciou suas atividades, em outubro de 2013, para responder ao crescente e diversificado fluxo de pessoas em busca de proteção e oportunidades de integração local, seguindo operante até a presente data.

2017 Manaus (AM). Fechada temporariamente em abril de 2014, a unidade de Manaus reabriu novamente em junho de 2017 para atender ao fluxo de pessoas venezuelanas e de outras nacionalidades que chegavam ao norte do país, onde segue atuante.

2017 Boa Vista (RR). No estado de Roraima, em decorrência da vinda de pessoas venezuelanas em busca de proteção internacional, o ACNUR foi a primeira agência das Nações Unidas a abrir um escritório em Boa Vista (junho de 2017), para dar resposta às necessidades humanitárias desse fluxo.

2018 Pacaraima (RR). Como complemento das ações, em junho de 2018 o ACNUR abriu outro escritório de campo, em Pacaraima, na fronteira brasileira com a Venezuela.

2019 Belém (PA). Em Belém, a unidade de campo do ACNUR teve início em abril de 2019, para articular as respostas à chegada de indígenas venezuelanos, seguindo com suas atividades até o momento.

 

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