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COVID-19: máscaras produzidas por refugiados e migrantes beneficiam abrigos públicos em São Paulo

Cerca de mil unidades do equipamento de proteção estão sendo entregues a moradores e profissionais que atuam nestes locais

Por Miguel Pachioni, de São Paulo  |  21 Apr 2020

Funcionária do ACNUR entrega máscaras de tecido para refugiada venezuelana abrigada pela Missão Paz, em São Paulo ©ACNUR/Miguel Pachioni

Durante a pandemia do novo coronavírus, ações voltadas para a saúde de pessoas que estão em situação de vulnerabilidade têm sido implementadas na cidade de São Paulo, cidade que concentra o maior número de casos confirmados no Brasil. Entre elas, uma atividade tem integrado pessoas refugiadas e migrantes nas duas pontas do processo: a produção, distribuição e uso de máscaras de proteção para mitigar os efeitos da transmissão do vírus.

Sob a coordenação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Universidade de Campinas (Unicamp), o coletivo Deslocamento Criativo está produzindo máscaras de tecido para serem distribuídas gratuitamente em abrigos de São Paulo que acolhem pessoas refugiadas e migrantes, que estão quarentena por causa da pandemia.

Cerca de mil máscaras foram produzidas e no último fim de semana um lote delas foi distribuído aos moradores e funcionários da Casa do Migrante, abrigo mantido pela Missão Paz – entidade parceira do ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) no acolhimento de refugiados e migrantes. Atualmente, 66 pessoas refugiadas e migrantes, de 16 nacionalidades, vivem no local.

Na linha de frente da produção das máscaras está a síria Hayam Kasem, de 29 anos. Ela é designer de moda e chegou ao Brasil há sete anos como refugiada, sendo que há duas semanas aplica seu conhecimento e talento na produção das máscaras.

“A situação atual requer que todos trabalhemos juntos para ajudar nossos vizinhos e a cidade onde moramos. Consegui trazer a máquina de costura do estúdio onde trabalhava para minha casa, e aqui a produção não pode parar”, diz a designer que, após a pandemia, sonha em realizar um desfile de moda no Brasil.

A compra dos tecidos, a produção e a distribuição das máscaras estão sob a responsabilidade do coletivo Deslocamento Criativo, que conta com a participação direta de pessoas refugiadas neste processo. Além da designer Hayam, o sírio Anas Obeid, formado em jornalismo também está envolvido na iniciativa, atuando logística de entrega deste fundamental equipamento de proteção individual.

Anas produzia e vendia perfumes árabes sob encomenda e trabalhava em uma produtora de vídeo em São Paulo. Com a chegada da pandemia, está se adaptando à realidade e segue disposto a ajudar. Além de entregar as máscaras nos abrigos, ele explica aos refugiados e migrantes como manusear adequadamente o equipamento para garantir a higiene pessoal dos usuários e mitigar os riscos de contaminação.

“Dentre os tantos trabalhos que realizo, acho importante contribuir neste momento para assegurar o bem-estar de refugiados e migrantes quem vivem nos abrigos públicos, sem ter a possibilidade, no atual momento, de conseguir um trabalho. Mas logo sairemos dessa, fortalecidos”, afirma Anas.

O coletivo Deslocamento Criativo é um projeto de impacto social que mapeia e dá visibilidade à produção de refugiados que vivem em São Paulo e atuam na área da economia criativa, um setor dinâmico de negócios baseados no capital intelectual, cultural e na criatividade para gerar valor econômico. A plataforma serve como ponto de encontro para quem deseja conhecer e contratar trabalhos deste segmento, mesmo durante o contexto atual de pandemia.

Entre os participantes do coletivo estão pessoas refugiadas e migrantes que tiveram seus negócios habituais afetados pela pandemia e decidiram aderir a esta ação social apoiada pelo ACNUR e pelo UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas).

Os moradores do abrigo ficaram agradecidos com a ação do último fim de semana. A refugiada venezuelana Ásia Carreño, de 58 anos, chegou na Missão Paz por meio do programa de interiorização do governo federal e ressaltou a importância do uso das máscaras. “Não temos saído à rua para evitar a contaminação, mas mesmo aqui dentro, por convivermos próximos uns dos outros, as máscaras serão importantes para manter a nossa saúde”, disse. “E todos nós, idosos, crianças e adultos, vamos superar essa crise”, completou a moradora.

O refugiado sírio Anas, à esquerda, explica para as pessoas abrigadas na Missão Paz como utilizar e manusear as máscaras. Ele integra a equipe do coletivo Deslocamento Criativo

O refugiado sírio Anas, à esquerda, explica para as pessoas abrigadas na Missão Paz como utilizar e manusear as máscaras. Ele integra a equipe do coletivo Deslocamento Criativo ©ACNUR/Miguel Pachioni

Para o coordenador da Missão Paz, o padre Paolo Parise, as máscaras ajudarão na prevenção da COVID-19 junto aos moradores e funcionários da Casa do Migrante.

“Estamos revendo nossas atividades para reduzirmos ao máximo a exposição das pessoas que vivem aqui ao ambiente externo e evitar a propagação do vírus. A entrega das máscaras fará com que as pessoas residentes e a equipe de trabalho possam se prevenir, inclusive durante a distribuição de cestas básicas que já realizamos no abrigo”, afirma Parise.

As mil máscaras produzidas pelo Deslocamento Criativo foram higienizadas e embaladas para distribuição aos moradores de abrigos públicos de São Paulo

As mil máscaras produzidas pelo Deslocamento Criativo foram higienizadas e embaladas para distribuição aos moradores de abrigos públicos de São Paulo ©ACNUR/Miguel Pachioni

A chefe do escritório do ACNUR de São Paulo, Maria Beatriz Nogueira, foi à Casa do Migrante no último sábado para distribuir as máscaras feitas pelos refugiados e migrantes que integram o Deslocamento Criativo.

“A pandemia do novo coronavírus é um desafio global que deve ser enfrentado por meio da solidariedade e cooperação de todos os setores e esta ação reforça o quanto as pessoas refugiadas estão contribuindo para propor soluções. É essencial assegurarmos que qualquer pessoa, independentemente de sua nacionalidade, possa ter acesso aos auxílios financeiros e aos serviços de saúde de forma plena, sem discriminação”, disse Nogueira.

Nos próximos dias, o ACNUR dará continuidade ao repasse de outras máscaras aos abrigos públicos que atendem pessoas refugiadas e migrantes na capital paulista. Estes abrigos tiveram que readaptar à forma com a qual gerem seus serviços, passando a produzir mais refeições pela limitação dos movimentos externos de seus moradores. Com isso, gastos adicionais requerem doações de cestas básicas e itens de higiene para suprir a demanda existente.

O ACNUR está arrecadando doações financeiras para adquirir remédios, água potável, artigos de higiene e kits de proteção pessoal para famílias e, principalmente, idosos e crianças refugiadas em situação de vulnerabilidade. A Agência da ONU para Refugiados tem atuado no fortalecimento da comunicação com refugiados por meio da Plataforma Help e segue trabalhando de forma coordenada com os governos para garantir que as pessoas refugiadas sejam incluídas na resposta à COVID-19.

#EuAbracoEssaCausa: com solidariedade vamos mais longe.💙

Mulheres refugiadas produzem máscaras para apoiar na prevenção do novo coronavírus em São Paulo.@unicampoficial @unfpabrasil @MPT_PGT pic.twitter.com/x5SciDmoFM

— ACNUR, Agência da ONU para Refugiados (@ACNURBrasil) May 7, 2020

 

 

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