Desafios humanitários são significativos e crescentes, embora crise não domine as manchetes
Famílias entram em Uganda pela fronteira de Bunagana depois de fugirem de confrontos violentos na República Democrática do Congo que começaram no final de março. © ACNUR/Yonna Tukundane
O ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, e 44 parceiros precisam urgentemente de US$ 47,8 milhões para responder às necessidades críticas de milhares de refugiados que chegaram em Uganda este ano, fugindo da violência na República Democrática do Congo (RDC) e de confrontos esporádicos no Sudão do Sul.
Desde janeiro, Uganda acolheu generosamente mais de 35.000 refugiados. Um terço deles chegou apenas nas últimas três semanas da RDC, fugindo de intensos combates nas províncias de Kivu do Norte e Ituri.
À medida que os relatos de violência no leste da RDC e no Sudão do Sul continuam, este apelo também fortalecerá a capacidade de Uganda de receber mais refugiados em caso de novos deslocamentos.
O ACNUR está em coordenação com o governo de Uganda e parceiros para fornecer assistência emergencial e proteção aos refugiados em áreas de fronteira, e está concentrando esforços para realocá-los para assentamentos de refugiados o mais rápido possível.
As necessidades por proteção, comida, abrigo e utensílios domésticos estão aumentando. O financiamento também auxiliará no fornecimento de serviços de saúde urgentemente necessários, bem como de água, saneamento e higiene essenciais para impedir a propagação da COVID-19 e outras doenças.
Uganda já abriga mais de 1,5 milhão de refugiados – o maior número do continente africano – e agora está recebendo milhares de recém-chegados do Sudão do Sul, no estado do Nilo Ocidental, ao norte, e da RDC, chegando ao sudoeste de Uganda. Os desafios são significativos e crescentes, embora ainda não estejam dominando as manchetes.
O Apelo de Emergência de Uganda (em inglês) destina-se a apoiar esforços coordenados para uma resposta inicial de emergência ao influxo de até 60.000 refugiados em Uganda no primeiro semestre de 2022, com 45.000 novas chegadas de abril a junho de 2022.
Este é um resumo do que foi dito pelo porta-voz do ACNUR, Boris Cheshirkov – a quem o texto citado pode ser atribuído – na coletiva de imprensa de hoje no Palais des Nations em Genebra.
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O ACNUR faz parcerias estratégicas com empresas que acreditam que pessoas refugiadas precisam de oportunidades para reconstruir suas vidas. Entre em contato para saber mais: [email protected].
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