No entanto, Nansen é mais conhecido por seu trabalho visionário em nome dos refugiados. Enquanto a Europa lutava para se reconstruir após a Primeira Guerra Mundial, ele dirigiu a primeira grande operação humanitária da Liga das Nações, que consistiu na repatriação de 450 mil prisioneiros de guerra. Seu intelecto, valor e carisma mostraram-se fundamentais para ganhar o apoio de governos e agências de voluntariado.

“Devemos hastear nossa bandeira em todos os países e estabelecer os laços de fraternidade em todo o mundo”.

Fridtjof Nansen

Nansen serviu como primeiro Alto Comissário para Refugiados da Liga das Nações de 1920 a 1930. Além de ter ajudado centenas de milhares de refugiados a voltar para casa, seus esforços permitiram que muitos outros se tornassem residentes legais e achassem trabalho nos países onde haviam encontrado refúgio.

Nansen viu que um dos maiores problemas enfrentados pelos refugiados era a falta de documentos de identificação internacionalmente reconhecidos. Sua solução, que passou a ser conhecida como “passaporte de Nansen”, foi o primeiro instrumento jurídico para a proteção internacional dos refugiados.

Quando a fome eclodiu na Rússia em 1921-1922, Nansen organizou um programa de ajuda para milhões de vítimas. Por seu trabalho crucial, ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1922.

Nansen passou o resto de seus anos trabalhando incansavelmente para os refugiados e se preparando para uma última expedição polar. Sempre um homem de visão e ação, ele estava fazendo planos para pilotar um avião pelo Ártico quando morreu em 1930, aos 69 anos. O ACNUR fundou o Prêmio Nansen em 1954 em sua homenagem.