Conflitos persistentes no Burundi, na República Centro-Africana, na República Democrática do Congo, na Nigéria, na Somália e no Sudão do Sul continuam a desencadear movimentos populacionais de larga escala dentro e ao longo das fronteiras, enquanto novos conflitos e outras causas de deslocamento surgem na região.

Muitos países que acolhem um grande número de pessoas de interesse do ACNUR estão enfrentando dificuldades sociais e econômicas e esse fato é particularmente preocupante. No nordeste da Nigéria, bem como na Somália e no Sudão do Sul, por exemplo, a seca persistente exacerba os efeitos do conflito, resultando em insegurança alimentar, e dificultando o acesso às populações em necessidade.

Além da complexa dinâmica do conflito na região, o ACNUR trabalha para enfrentar o aumento dos movimentos mistos para o norte e sul da África, bem como para o Golfo de Áden. Esses movimentos são causados por uma variedade de fatores, incluindo mudanças climáticas e insegurança provocada pela seca.

O empenho dos países anfitriões em garantir os mais altos padrões de proteção para refugiados e deslocados internos – inclusive trabalhando em estreita colaboração com a ONU e outros parceiros em iniciativas de capacitação, assistência técnica e políticas nacionais – reflete sua vontade de enfrentar os desafios atuais associados a movimentos de refugiados no continente, ao mesmo tempo que buscam abordagens que beneficiem tanto os refugiados como as comunidades de acolhimento e as economias locais.

Satisfazer as necessidades básicas e fornecer serviços essenciais – incluindo abrigo, água e educação – às pessoas de interesse continua a ser uma prioridade para o ACNUR em toda a África.