A maioria dos países da região oferece políticas públicas inclusivas, oportunidades de integração e naturalização, vias complementares de admissão, tais como programas ampliados de reunião familiar ou acesso de refugiados a esquemas temporários de migração trabalhista. Além disso, aplicam abordagens inovadoras para reassentamento, como programas de visto humanitário.

Principais Situações

Colômbia

Aproximadamente 7,6 milhões de deslocados internos foram registrados na Colômbia desde 1985. Desde a assinatura do acordo de paz em dezembro de 2016, as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) começaram o processo de desarmamento e reintegração em comunidades da sociedade civil. No entanto, outros grupos armados ilegais estão agora lutando pelo controle do território e o deslocamento forçado continua. Há registros de mais de 8.700 deslocados entre janeiro e agosto de 2017. Espera-se que essa tendência continue, particularmente ao longo da costa do Pacífico e da região fronteiriça, afetando principalmente comunidades afro-colombianas e indígenas.

Norte da América Central

Nos últimos cinco anos, a região viu um aumento considerável do número de refugiados e solicitantes de refúgio. As razões para o aumento do deslocamento são complexas e multifacetadas, mas a violência e a insegurança continuam a ser os principais fatores que contribuem para o agravamento da situação. Um aumento nos pedidos de refúgio nesta região deverá continuar em 2018. Nos últimos dois anos, o número de solicitantes de refúgio aumentou em Belize, Costa Rica, México e Panamá. A Guatemala também é cada vez mais considerada por pessoas de interesse não só como um país de trânsito, mas também como um país de refúgio.

Venezuela

O agravamento da situação na Venezuela continua forçando muitas pessoas a deixar o país. O número de solicitações de refúgio submetidos pelos venezuelanos em todo o mundo aumentou para aproximadamente 48.500 entre janeiro e meados de setembro de 2017, um aumento considerável em relação aos 34.000 pedidos apresentados até o final de 2016.

Os principais países de destino para os solicitantes de refúgio venezuelanos são o Brasil, a Costa Rica, o México, o Peru, a Espanha e os Estados Unidos. Apesar dos esforços dos países anfitriões para satisfazer as crescentes necessidades dessas pessoas, é necessária uma resposta mais robusta a fim de proteger sua segurança física, preservar seus documentos de identificação e evitar casos de violência sexual e de gênero (VSG), exploração e abuso. Em certas áreas, grupos armados e gangues criminosas estão explorando os recém-chegados e a população local.

A situação volátil na Venezuela pode fazer com que mais colombianos voltem para casa, e com que venezuelanos precisem de proteção internacional na travessia rumo à Colômbia. O ACNUR, com a ajuda de parceiros, vem fortalecendo seus programas nas áreas fronteiriças dos países vizinhos para melhorar a assistência humanitária básica e para apoiar o registro, a documentação e o acesso do governo aos processos de determinação do status de refugiados.