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Dados: refugiados no Brasil e no mundo

Dados: refugiados no Brasil e no mundo

O ACNUR trabalha com dados e estatísticas que ajudam a compreender informações importantes para salvar, proteger e melhorar a vida das pessoas refugiadas, forçadas a se deslocar e apátridas. Com base em dados confiáveis, é possível tomar decisões informadas sobre nosso trabalho e planejar melhor as operações futuras. Os dados também nos permitem prestar contas a beneficiários, governos, parceiros e doadores de forma tangível e comparável. A confidencialidade dos dados dos refugiados é altamente respeitada pelo ACNUR e por nossos parceiros, e o processamento e a proteção de dados pessoais estão ancorados na Política de Proteção de Dados do ACNUR.

Deslocamento forçado no mundo

Até o final de 2024, 123,2 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a se deslocar devido a perseguições, conflitos, violência, violações de direitos humanos e eventos que perturbaram seriamente a ordem pública. 

Nos últimos 10 anos, o número de pessoas forçadas praticamente dobrou. Até o final de 2024, 1 em cada 67 pessoas em todo o mundo havia se deslocado à força, a maioria vivendo em países de baixa e média renda.

Entre as pessoas deslocadas à força estão aquelas que foram obrigadas a se deslocar dentro de seus próprios países devido a conflitos – cujo número, no final de 2024, havia alcançado 73,5 milhões, após um forte aumento (de 6,3 milhões de pessoas) – e os refugiados que foram forçados a deixar seus países (42,7 milhões de pessoas). O Sudão, com 14,3 milhões de refugiados e deslocados internos, tornou-se o país com o maior número de pessoas deslocadas à força no mundo, superando tristemente a Síria (com 13,5 milhões). Em seguida vêm o Afeganistão (com 10,3 milhões) e a Ucrânia (com 8,8 milhões).

 

123,2 milhões

Até o fim de 2024, 123,2 milhões de pessoas haviam sido forçadas a se deslocar.

1 em cada 67

Isso equivale a mais de 1 em cada 67 pessoas em todo o mundo.

x2

O deslocamento forçado quase dobrou na última década.

Pessoas deslocadas à força em todo o mundo | 2015 - 2024

Chart

Bar chart with 5 data series.
The chart has 1 X axis displaying categories.
The chart has 1 Y axis displaying values. Data ranges from 38.91 to 123.16.
End of interactive chart.
*Números em milhões
 
Nota: Algumas pessoas refugiadas palestinas sob o mandato da UNRWA em Gaza também foram deslocadas internamente em 2023 (1,2 milhão) e 2024 (1,4 milhão). Nesse gráfico, esses refugiados deslocados internamente sob o mandato da UNRWA são contados apenas uma vez, sob o número de “refugiados da Palestina sob o mandato da UNRWA”.
 

Deslocamento forçado nas Américas

A crise global de deslocamento afeta profundamente as Américas, onde a população deslocada à força e assistida ou protegida pelo ACNUR, no final de 2024, alcançava 21,9 milhões de pessoas, ou seja, 17,6% do total mundial.

Globalmente, 60% das pessoas forçadas a fugir nunca cruzam as fronteiras de seus próprios países. Nas Américas, o crime e a insegurança tornaram-se as principais causas do deslocamento interno, desde a violência indiscriminada de gangues no Haiti até o impacto do conflito nas comunidades da Colômbia. O deslocamento interno no Haiti triplicou em 2024, passando de 313,9 mil para mais de 1 milhão de pessoas, enquanto a Colômbia possui uma das maiores populações de deslocados internos do mundo, com aproximadamente 7 milhões de pessoas.

 

21,9 milhões

Até o fim de 2024, 21,9 milhões de pessoas forçadas a se deslocar estavam nas Américas, o que representa 17,6% do total mundial.

Haiti

No Haiti, o deslocamento interno triplicou em um ano, passando de 313,9 mil em 2023 para mais de 1 milhão de pessoas em 2024.

Colômbia

A Colômbia possui uma das maiores populações de deslocados internos do mundo, com aproximadamente 7 milhões de pessoas.

Deslocamento forçado em números - Brasil

De acordo com dados divulgados na última edição do relatório (link is external)Refúgio em NúmerosLink is external, entre 2015 e 2024, o Brasil recebeu solicitações de reconhecimento da condição de refugiadas de pessoas oriundas de 175 países, totalizando 454.165 pedidos.

Das 454.165 pessoas que solicitaram asilo ao Brasil entre 2015 e 2024, as principais nacionalidades foram: venezuelanos (266.862), cubanos (52.488), haitianos (37.283) e angolanos (18.435). Juntas, essas quatro nacionalidades correspondem por 82,6% do total de solicitações registradas no país na última década.

Apenas em 2024, foram registradas 68.159 solicitações de asilo, um aumento de 9.531 (ou 16,3%) em relação a 2023, quando houve 58.628 pedidos. As nacionalidades que predominaram em 2024 nas solicitações de asilo foram venezuelanos (39,8%), cubanos (32,7%) e angolanos (5%).

Ao final de 2024, o Brasil contabilizava 156.612 pessoas reconhecidas como refugiadas, o que representa um aumento de 9,5% em relação a 2023.

Painéis interativos de dados do ACNUR Brasil

Painel de populaões em necessidade de proteção internacional no Brasil
Populações em necessidade de proteção internacional no Brasil
Apresenta o retrato populacional sobre pessoas refugiadas e outras em necessidade de proteção internacional no Brasil, e compartilha informações sobre os compromissos firmados pelo Governo brasileiro e demais atores nacionais no marco do Fórum Global sobre Refugiados.
Decisões sobre solicitações de reconhecimento da condição de refugiado no Brasil
Dados que refletem as decisões do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) referentes às solicitações de reconhecimento da condição de refugiado.
Solicitações da condição de refugiado relacionadas à orientação sexual e identidade de gênero
Os dados refletem a situação em julho de 2018 e tratam de solicitações da condição de refugiado cujo motivo do temor de perseguição refere-se a questões relacionadas à orientação sexual e/ou identidade de gênero (OSIG).
Painel de CBI do ACNUR
Assistência financeira oferecida pelo ACNUR
Dados sobre a distribuição da assistência financeira de CBI (sigla em inglês para Cash Based Intervention), ou seja, transferências monetárias. O ACNUR utiliza a assistência em dinheiro e vouchers para fornecer proteção, assistência e serviços aos mais vulneráveis.
Painel das Populações Indígenas refugiadas e migrantes no Brasil
Populações indígenas
Informações sobre populações indígenas refugiadas e migrantes no Brasil, como dados de registro e perfil populacional.



Painel sobre revalidação de diplomas
Revalidação de diplomas (2016 - 2022)
O ACNUR iniciou uma parceria com a Associação Compassiva em 2016 para a revalidação de diplomas de Ensino Superior de pessoas refugiadas no Brasil. Esse painel traz dados sobre as revalidações no período de 2016 a 2022 e perfil populacional dos beneficiados.

Panéis relacionados à resposta ao fluxo de pessoas vindas da Venezuela

Painel Perfil dos abrigos em Roraima
Abrigos em Roraima
O ACNUR fornece apoio ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome na gestão de abrigos temporários e emergenciais em Roraima. Esse painel apresenta dados sobre os abrigos e perfis populacionais atendidos.
capa - painel interiorização
Estratégia de interiorização
Informações sobre a estratégia de realocação voluntária de pessoas venezuelanas, de Roraima para outros estados brasileiros, iniciada em 2018. Esse painel fornece dados como gênero, idade, nível educacional, experiência laboral e necessidades específicas das pessoas interiorizadas, assim como destino escolhido.
Painel da R4V sobre movimentos de saída
Monitoramento dos movimentos de saída
A Plataforma R4V realiza uma pesquisa contínua com pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela para analisar os movimentos de saída do Brasil.