Dados: refugiados no Brasil e no mundo
Dados: refugiados no Brasil e no mundo

Deslocamento forçado no mundo
Até o final de 2024, 123,2 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a se deslocar devido a perseguições, conflitos, violência, violações de direitos humanos e eventos que perturbaram seriamente a ordem pública.
Nos últimos 10 anos, o número de pessoas forçadas praticamente dobrou. Até o final de 2024, 1 em cada 67 pessoas em todo o mundo havia se deslocado à força, a maioria vivendo em países de baixa e média renda.
Entre as pessoas deslocadas à força estão aquelas que foram obrigadas a se deslocar dentro de seus próprios países devido a conflitos – cujo número, no final de 2024, havia alcançado 73,5 milhões, após um forte aumento (de 6,3 milhões de pessoas) – e os refugiados que foram forçados a deixar seus países (42,7 milhões de pessoas). O Sudão, com 14,3 milhões de refugiados e deslocados internos, tornou-se o país com o maior número de pessoas deslocadas à força no mundo, superando tristemente a Síria (com 13,5 milhões). Em seguida vêm o Afeganistão (com 10,3 milhões) e a Ucrânia (com 8,8 milhões).
123,2 milhões
Até o fim de 2024, 123,2 milhões de pessoas haviam sido forçadas a se deslocar.
1 em cada 67
Isso equivale a mais de 1 em cada 67 pessoas em todo o mundo.
x2
O deslocamento forçado quase dobrou na última década.
Pessoas deslocadas à força em todo o mundo | 2015 - 2024
Deslocamento forçado nas Américas
A crise global de deslocamento afeta profundamente as Américas, onde a população deslocada à força e assistida ou protegida pelo ACNUR, no final de 2024, alcançava 21,9 milhões de pessoas, ou seja, 17,6% do total mundial.
Globalmente, 60% das pessoas forçadas a fugir nunca cruzam as fronteiras de seus próprios países. Nas Américas, o crime e a insegurança tornaram-se as principais causas do deslocamento interno, desde a violência indiscriminada de gangues no Haiti até o impacto do conflito nas comunidades da Colômbia. O deslocamento interno no Haiti triplicou em 2024, passando de 313,9 mil para mais de 1 milhão de pessoas, enquanto a Colômbia possui uma das maiores populações de deslocados internos do mundo, com aproximadamente 7 milhões de pessoas.
21,9 milhões
Até o fim de 2024, 21,9 milhões de pessoas forçadas a se deslocar estavam nas Américas, o que representa 17,6% do total mundial.
Haiti
No Haiti, o deslocamento interno triplicou em um ano, passando de 313,9 mil em 2023 para mais de 1 milhão de pessoas em 2024.
Colômbia
A Colômbia possui uma das maiores populações de deslocados internos do mundo, com aproximadamente 7 milhões de pessoas.
Deslocamento forçado em números - Brasil
De acordo com dados divulgados na última edição do relatório Refúgio em NúmerosLink is external, entre 2015 e 2024, o Brasil recebeu solicitações de reconhecimento da condição de refugiadas de pessoas oriundas de 175 países, totalizando 454.165 pedidos.
Das 454.165 pessoas que solicitaram asilo ao Brasil entre 2015 e 2024, as principais nacionalidades foram: venezuelanos (266.862), cubanos (52.488), haitianos (37.283) e angolanos (18.435). Juntas, essas quatro nacionalidades correspondem por 82,6% do total de solicitações registradas no país na última década.
Apenas em 2024, foram registradas 68.159 solicitações de asilo, um aumento de 9.531 (ou 16,3%) em relação a 2023, quando houve 58.628 pedidos. As nacionalidades que predominaram em 2024 nas solicitações de asilo foram venezuelanos (39,8%), cubanos (32,7%) e angolanos (5%).
Ao final de 2024, o Brasil contabilizava 156.612 pessoas reconhecidas como refugiadas, o que representa um aumento de 9,5% em relação a 2023.
Painéis interativos de dados do ACNUR Brasil






Panéis relacionados à resposta ao fluxo de pessoas vindas da Venezuela


