ACNUR considera acordo entre RDC e Ruanda uma oportunidade para pôr fim aos ciclos de deslocamento

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) vê positivamente o acordo assinado na sexta-feira (27) entre a República Democrática do Congo (RDC) e a República de Ruanda, em Washington D.C. Destacamos os esforços dos parceiros regionais e internacionais que tornaram possível este importante marco rumo à estabilidade. 

Durante décadas, a violência e a instabilidade na RDC forçaram milhões de famílias a fugir de suas casas, muitas vezes repetidamente, privando-as de segurança e de qualquer esperança para o futuro. Este acordo oferece uma oportunidade para interromper o ciclo de violência e deslocamento, e focar em soluções que restauram dignidade, estabilidade e oportunidades. 

“O acordo pode trazer uma nova esperança para aqueles que suportaram muito por tempo demais”, disse Filippo Grandi, Alto Comissário da ONU para Refugiados. “Agradecemos a todos que tornaram isso possível. Esta é uma chance de virar a página, garantindo a proteção de civis, - incluindo pessoas refugiadas e deslocadas internamente - e promovendo soluções duradouras que lhes permitam reconstruir suas vidas com segurança e dignidade.” 

O ACNUR destaca especialmente o compromisso das partes em apoiar o retorno de refugiados e deslocados internos aos seus locais de origem, bem como garantir o acesso humanitário seguro e irrestrito às comunidades afetadas. Os direitos e a proteção das pessoas deslocadas devem continuar sendo prioridade enquanto a região caminha rumo à paz. 

O ACNUR está pronto para trabalhar com todos os parceiros no apoio a esforços que garantam segurança e soluções para as populações deslocadas em toda a região. Isso inclui facilitar o retorno voluntário de refugiados aos seus países de origem, em conformidade com os Acordos Tripartites existentes entre Ruanda, RDC e o ACNUR, bem como entre o ACNUR, a RDC e outros países de asilo da região da África Oriental e Austral. Também envolve proteger os que ainda estão deslocados e ajudar as comunidades a reconstruírem suas vidas com segurança e dignidade. 

Este comunicado está disponível [aqui]. 

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