Considerando que o número de homens, mulheres e crianças forçados a se deslocar ao longo dos seis anos de guerra na Síria já ultrapassou a marca dos 5 milhões, é necessário que a comunidade internacional se mobilize e aumente a assistência a essas pessoas.
GENEBRA, Suíça, 03 de abril de 2017 – Considerando que o número de homens, mulheres e crianças forçados a se deslocar ao longo dos seis anos de guerra na Síria já ultrapassou a marca dos 5 milhões, é necessário que a comunidade internacional se mobilize e aumente a assistência a essas pessoas, afirmou o chefe do ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados.
“Nós ainda temos um longo caminho a percorrer para aumentar as unidades de reassentamento no que diz respeito à quantidade e variedade de opções complementares disponíveis para os refugiados”, disse Filippo Grandi, o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados.
“Para dar conta deste desafio, nós precisamos de novos lugares e de acelerar a implementação e desenvolvimento dos compromissos já estabelecidos pelos países”.
Estas observações foram feitas um ano após encontro de alto nível sobre a Síria, que buscou estabelecer a meta, junto à comunidade internacional, de reassentar 10% de todos os refugiados sírios até 2018. Apesar desta colocação durante a reunião em Genebra, em 30 de março de 2016, para reassentar e ampliar as possibilidades de bem-estar de 500.000 refugiados, 250.000 reassentamentos já foram viabilizados.
“Esses generosos compromissos são bem-vindos e importantes símbolos de solidariedade e responsabilidade compartilhada entre a comunidade internacional. Se queremos atingir nossa meta, devemos acelerar imediatamente esses esforços em 2017 e depois”, declarou Grandi.
Com o compromisso da Declaração de Nova York sobre migrantes e refugiados assinado em setembro de 2016, países membros da ONU se comprometeram a aumentar seus esforços para encontrar novos lares para todos os refugiados identificados pelo ACNUR em necessidade de proteção e reassentamento em terceiros países. O ACNUR estima que cerca de 1,2 milhões de refugiados vão precisar de reassentamento em 2017, dos quais 40% são sírios.
O Alto Comissário enfatiza que “reassentamento é uma ferramenta crucial para a proteção de refugiados. Somente os mais vulneráveis, entretanto, são designados para novos locais de moradia. Por este motivo, o ACNUR vai continuar seu trabalho em parceria com os países para aumentar o número de locais disponíveis a receberem os refugiados, assim como a quantidade e variedade de opções que viabilizam maior proteção a eles. Como muitos Estados sabem, a partir de exemplos bem-sucedidos, reassentamento não é somente uma oportunidade para os refugiados reconstruírem suas vidas, mas também enriquece as comunidades que os acolhem”.
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