O Empoderando Refugiadas foi criado em 2015, inicialmente com turmas na cidade de São Paulo, atendendo mulheres de diversas origens, tais como Síria, República Democrática do Congo, Colômbia, entre outras. Com o aumento do número de pessoas oriundas da Venezuela em busca de asilo no norte do Brasil, desde 2019 o projeto conta com turmas em Boa Vista, Roraima. Com apoio da Operação Acolhida, a iniciativa promove o acesso das participantes ao mercado de trabalho brasileiro por meio de realocação das beneficiárias e suas famílias para as cidades de destino, através da Estratégia de Interiorização. 

Entre os pilares do projeto estão a valorização da diversidade e da inclusão, com turmas dedicadas a mulheres com deficiências, cuidadoras de pessoas com deficiências, portadoras de doenças crônicas e necessidades especiais, além da inclusão de mulheres com mais de 50 anos e população LGBTIQA+.

Desde sua criação, ao longo de seis anos, 316 mulheres foram formadas pelo projeto, 147 foram empregadas e 260 pessoas foram interiorizadas. Números que estão prestes a aumentar com a abertura da primeira turma da 7ª edição do Empoderando Refugiadas, em maio de 2022. 

O Empoderando Refugiadas visa oferecer a empresas a possibilidade de contar com mais diversidade em seus quadros e promover os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), ao mesmo tempo em que possibilita que mulheres refugiadas, solicitantes da condição de refugiado e migrantes possam ter uma vida digna e com garantia de acesso a direitos no país.  

 

Agências envolvidas na iniciativa:

ACNUR – A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) é uma organização dedicada a salvar vidas, proteger os direitos e garantir um futuro digno a pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e comunidades devido a guerras, conflitos armados, perseguições ou graves violações dos direitos humanos. Presente em 135 países, o ACNUR atua de forma coordenada com governos, organizações da sociedade civil, academia e o setor privado para que todas as pessoas refugiadas, deslocadas internas e apátridas encontrem segurança e apoio para reconstruir suas vidas.

A Agência da ONU para Refugiados no Brasil tem seu escritório central em Brasília e unidades descentralizadas em São Paulo (SP), Manaus (AM) e Boa Vista (RR). 

Rede Brasil Pacto GlobalLançado em 2000 pelo então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o Pacto Global é uma chamada para as empresas alinharem suas estratégias e operações a 10 princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção e desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade. É hoje a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil membros, entre empresas e organizações, distribuídos em 69 redes locais, que abrangem 160 países.

A Rede Brasil do Pacto Global é a terceira maior rede do mundo, com mais de 1100 membros. Em 2015, eram menos de 500, um crescimento de mais de 100%.

ONU Mulheres – A ONU Mulheres foi criada, em 2010, para unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em defesa dos direitos humanos das mulheres. A agência segue o legado de duas décadas do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM) em defesa dos direitos humanos das mulheres, especialmente pelo apoio a articulações e movimento de mulheres e feministas, entre elas mulheres negras, indígenas, jovens, trabalhadoras domésticas e trabalhadoras rurais.

A ONU Mulheres tem sede em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Possui escritórios regionais e em países da África, Américas, Ásia e Europa. Nas Américas e Caribe, o escritório regional está situado no Panamá. No Brasil, o escritório opera em Brasília.