A educação é um direito humano fundamental e para as crianças refugiadas significa também a chance de recomeçar suas vidas
Jovem refugiada do Burundi estudando Kirundi na Escola Primária Jugudi, no Campo de Refugiados Nyarugusu, na Tanzânia © ACNUR / Farha Bhoyroo
Para a maioria de nós, educação é como alimentamos nossas mentes curiosas e descobrimos as paixões de nossas vidas. É também como aprendemos a nos cuidar, a adentrar no mundo do trabalho, a organizar nossos lares e a lidar com as taferas e desafios diários. No entanto, milhões de refugiados ainda enfrentam barreiras que os impedem de ter acesso à educação.
Em um mundo de conflitos, estamos perdendo um dos melhores investimentos que existem: a educação de jovens refugiados. Isso não é uma despesa, mas uma oportunidade de ouro.
Apesar do grande investimento no ensino primário, o aumento contínuo de deslocamentos forçados em todo o mundo – incluindo refugiados, solicitantes de refúgio, pessoas deslocadas dentro de suas próprias fronteiras e apátridas – significa que existem grandes lacunas entre refugiados e seus pares não refugiados quando se trata de acesso à educação.
O efeito é devastador. Sem uma continuidade do ensino na escola secundária, o progresso alcançado nos anos anteriores terão vida curta, e o futuro de milhões de crianças refugiadas será jogado fora.
O ensino superior transforma os alunos em líderes. Aproveita a criatividade, energia e idealismo dos jovens, modelando e desenvolvendo habilidades cruciais para a tomada de decisões, ampliando suas vozes e permitindo mudanças geracionais rápidas.
As escolas devem ser refúgios seguros. É por isso que todos devemos condenar os atos de violência contra escolas, alunos e professores que continuam a ser praticados em países afetados por conflitos. Houve 14 mil desses incidentes em 34 países entre 2014 e 2018, incluindo bombardeios, ocupação parcial ou total de grupos armados, sequestro, estupro e recrutamento forçado. Tal violência contra inocentes é imperdoável e deve parar.
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