Europa

Perseguições, conflitos e violações dos direitos humanos continuam forçando as pessoas a deixar suas casas e a buscar segurança na Europa. Muitos arriscam suas vidas e enfrentam jornadas perigosas rumo ao continente.

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2.011 pessoas arriscaram suas vidas ao tentar chegar à Europa via marítima em 2018

173 ocorrências de risco de afogamento em 2018

 

Mais estatísticas

Dados de 12 de janeiro de 2018

ACNUR/Achilleas Zavallis

Estima-se que 362.000 refugiados e migrantes arriscaram suas vidas cruzando o Mar Mediterrâneo em 2016, sendo que 181.400 pessoas chegaram na Itália e 173.450 na Grécia. No primeiro semestre de 2017, mais de 105.000 refugiados e migrantes entraram na Europa.

Este movimento em direção ao continente europeu continua a ter um impacto devastador em muitas vidas. Desde o início de 2017, acredita-se que mais de 2.700 pessoas tenham morrido ou desaparecido durante a travessia do Mar Mediterrâneo em direção à Europa. Os riscos não terminam uma vez chegam ao destino. Aqueles que viajam irregularmente pelo continente relatam vários tipos de abuso, inclusive o de serem impedidos de cruzar fronteiras. Com tantas vidas em risco, as operações de salvamento no mar realizadas por diversos atores devem continuar uma prioridade.

Apesar de alguns progressos no aumento do número de rotas seguras para a Europa, essas poucas oportunidades, se comparadas às viagens irregulares, ainda não são de fato uma alternativa viável para pessoas que precisam de proteção. Mais esforços são necessários para aumentar o acesso aos caminhos legais existentes, incluindo a reunião familiar. O ACNUR também pede que os países europeus e outros países ofereçam mais 40.000 lugares para reassentamento, a serem disponibilizados para refugiados localizados em 15 países prioritários ao longo da rota do Mediterrâneo Central. Esse número complementará os compromissos já existentes.

Aqueles que chegam à Europa precisam de recepção e assistência adequadas – em especial aqueles com necessidades específicas, incluindo menores separados ou desacompanhados e sobreviventes de violência sexual e de gênero – e acesso a procedimentos de refúgio justos e eficientes. É necessária mais solidariedade na União Europeia para assegurar a proteção, inclusive por meio de processos rápidos e eficientes de reunião familiar e realocação.

Em geral, é necessário um plano de ação abrangente que, em estreita cooperação com os países de origem e de trânsito e de acordo com o direito internacional, apoie soluções a longo prazo para a questão complexa da migração mista e ajude a resolver suas causas profundas.

“A verdade é que os refugiados não arriscariam suas vidas em uma jornada tão perigosa se pudessem prosperar onde estão”.

Melissa Fleming, ACNUR

O que o ACNUR está fazendo para ajudar?

O ACNUR, juntamente com parceiros, oferece na Europa uma ampla gama de apoio e assistência para refugiados e solicitantes de refúgio. Esses esforços incluem assistência humanitária e em dinheiro, fornecimento de alojamento, apoio para melhorar as condições de acolhimento, prevenção e resposta à violência sexual e de gênero, monitoramento e intervenções de proteção, envolvimento com as comunidades de refugiados para aumentar sua participação, identificação e apoio às pessoas com necessidades específicas, incluindo menores separados e desacompanhados, e encaminhamento para serviços adequados.

Para responder adequadamente às necessidades de proteção dos refugiados e migrantes que chegam à Europa, o ACNUR lançou o Plano Regional de Resposta aos Refugiados e Migrantes (RRMP, em inglês), envolvendo 60 parceiros.

Para melhorar a situação dos refugiados e das crianças migrantes que chegam e permanecem na Europa sem os pais ou responsáveis, o ACNUR, o UNICEF e o Comitê Internacional de Resgate emitiram recomendações do que deve ser feito nessas situações. Saiba mais aqui e aqui (em inglês).

O ACNUR estabeleceu uma visão prática para o envolvimento global da União Europeia com os refugiados e para a reforma do seu sistema de refúgio no documento “Proteger melhor os refugiados na UE e a nível global”.

Juntos, com o seu apoio, podemos dar aos milhões de refugiados a ajuda que tão desesperadamente precisam.