Burundi

A agitação política no Burundi teve uma reviravolta em 2015 depois que o presidente anunciou seus planos de concorrer a um terceiro mandato. Os protestos de rua levaram a confrontos violentos e milhares de pessoas foram forçadas a fugir para países vizinhos em busca de segurança.

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Mais de 259,226 pessoas refugiadas

 

 

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Atualizado em 28 de fevereiro de 2020

© ACNUR/Sebastian Rich

O povo do Burundi enfrenta uma crise humanitária marcada por declínio econômico, insegurança alimentar extrema e uma epidemia de malária. Embora o pior da violência tenha diminuído, a situação continua frágil. Questões políticas permanecem sem resolução e os deslocamentos dentro e para fora do país continuam acontecendo.

O que o ACNUR está fazendo para ajudar?

O ACNUR e seus parceiros estão trabalhando juntos todos os dias para ajudar e proteger os refugiados do Burundi na Tanzânia, Ruanda, República Democrática do Congo (RDC), Uganda e outros países vizinhos. Juntos, estamos ajudando as famílias a se reunirem com seus entes queridos perdidos e treinando trabalhadores comunitários do campo para detectar sinais de exploração e abuso sexual. Estamos ajudando as grávidas a darem à luz em instalações de saúde adequadas e alistando engenheiros de água para perfurar novos poços para fornecer água para os refugiados.

A emergência no Burundi é a menos financiada de qualquer emergência em todo o mundo. Em 2018, o ACNUR e seus parceiros receberam apenas 33 por cento dos US $ 391 milhões necessários para apoiar os refugiados do Burundi. O Plano Regional de Resposta a Refugiados do Burundi para 2019-2020 foi publicado no final de dezembro de 2018, e apela para US $ 296 milhões em 2019.

Como resultado, refugiados burundeses na Tanzânia, Ruanda e RDC se deparam com acampamentos cheios e apenas abrigos temporários disponíveis. Os centros de saúde estão se esforçando para lidar com o grande número de pacientes. A educação é muito básica e as crianças não possuem materiais de aprendizagem suficientes; centenas de crianças na Tanzânia assistem às aulas debaixo de árvores.

“Os refugiados do Burundi estão sendo esquecidos. O mundo precisa ajudar urgentemente esses refugiados e os países que os acolhem”.

Catherine Wiesner, Coordenadora Regional de Refugiados e Encarregada da Resposta aos Refugiados para a situação do Burundi

“Os refugiados que foram forçados a fugir porque temiam por suas vidas estão lutando para fornecer o básico para seus filhos em campos superlotados e com recursos insuficientes”, afirma Catherine Wiesner, Coordenadora Regional de Refugiados e Encarregada da Resposta aos Refugiados para a situação do Burundi.

“Os refugiados do Burundi estão sendo esquecidos”, acrescentou Wiesner. “A comunidade internacional precisa estar à altura de seus compromissos globais de ajudar urgentemente esses refugiados e os países que os acolhem”.

Em acordo com o Quadro de Resposta aos Refugiados (Comprehensive Refugee Response Framework), o ACNUR está trabalhando com governos e parceiros para apoiar as comunidades de acolhimento e para dar aos refugiados do Burundi mais oportunidades para se tornarem autossuficientes. Enquanto isso, um número relativamente pequeno de refugiados tem escolhido retornar ao Burundi. Mesmo que o ACNUR não esteja promovendo os retornos, desde setembro de 2017 estamos ajudando aqueles que voluntariamente escolhem voltar para casa a fazê-lo com segurança e em condições de começar a reconstruir suas vidas.

Para as centenas de milhares de refugiados burundeses que ainda exigem proteção internacional, apoio e financiamento mais amplos são necessários para providenciar assistência hoje e soluções a longo prazo para o futuro.