Há 70 anos o ACNUR trabalha para proteger as pessoas deslocadas. Apesar de nossas décadas de experiência, a emergência do coronavírus foi diferente de tudo que vimos antes
Amirul Mumeen (46) com seus filhos no abrigo da família no campo de Nayapara, em Bangladesh © ACNUR/Vincent Tremeau
O coronavírus não discrimina, mas afeta desproporcionalmente as pessoas mais vulneráveis do mundo: pessoas forçadas a fugir de suas casas. Muitas delas não têm a oportunidade de proteger suas famílias do vírus por meio do distanciamento social ou do acesso a água potável e sabão como nós.
Por 70 anos, o ACNUR tem trabalhado muito para proteger as pessoas que foram forçadas a deixar suas casas. No entanto, apesar de nossas décadas de experiência, a emergência do coronavírus foi diferente de tudo que vimos antes. Nunca antes nossas operações enfrentaram uma crise dessa magnitude além de emergências e desafios existentes.
E embora a COVID-19 tenha dominado as notícias em todo o mundo, os conflitos não pararam. A perseguição não parou. Os desastres ambientais não pararam. As pessoas ainda são forçadas a abandonar suas casas e, infelizmente, em um ritmo crescente. Atualmente, estima-se que 80 milhões de pessoas estão deslocadas e prevê-se que um número recorde de 97,3 milhões de pessoas necessitarão de nossa assistência em 2021.
Este ano está longe de ser fácil. Mas também foi um ano de notável resiliência e solidariedade. Numerosas comunidades de acolhimento incluíram refugiados em sua resposta à crise. Refugiados em todo o mundo aderiram à luta contra o vírus. E os doadores têm agido com empatia e gentileza, apoiando as pessoas forçadas a fugir em sua hora de maior necessidade. Juntos, respondemos à emergência.
Hoje, continuamos mais comprometidos do que nunca com nossa missão: salvar vidas, proteger direitos e construir um futuro melhor para as pessoas forçadas a abandonar suas casas. O ACNUR está presente em mais de 130 países em todo o mundo, trabalhando incansavelmente para proteger pessoas refugiadas, deslocadas e apátridas.
Em 2020, apesar de todas as dificuldades, seguimos em frente e trabalhamos. E em 2021, continuaremos a fazê-lo – com o apoio de doadores comprometidos como você.
Fatos e números
Graças às suas doações, em 2020 fomos capazes de responder com eficiência aos desafios que o ano trouxe. A COVID-19 foi o maior de todos – como uma emergência além das existentes, teve um impacto profundo nas operações do ACNUR em todo o mundo.
A COVID-19 é, antes de mais nada, uma emergência de saúde pública. Mas as consequências socioeconômicas das medidas tomadas para conter a disseminação do vírus também afetaram de forma notável as pessoas que foram forçadas a abandonar suas casas. O fechamento da fronteira tornou mais difícil para as pessoas encontrarem segurança em outros países. Muitas perderam seus meios de subsistência e quase dois milhões de crianças refugiadas estão fora da escola por causa das restrições da COVID-19.
O desafio é enorme. Mas, graças ao generoso apoio de nossos doadores , nossa resposta também foi abrangente. Aqui estão apenas alguns exemplos de como respondemos, juntos.
Seu impacto em 2020
Fatos e números: Colômbia
Existem cerca de 1,8 milhão de venezuelanos deslocados hospedados na Colômbia. Os venezuelanos constituem o segundo maior grupo de deslocados internacionais do mundo – 5,4 milhões de pessoas. É provável que o número de pessoas em extrema necessidade cresça dramaticamente em 2021, uma vez que as restrições relacionadas à COVID-19 sejam atenuadas. A assistência em dinheiro será mais importante do que nunca para garantir que as necessidades básicas, como alimentos e medicamentos, sejam acessíveis para os venezuelanos nos países que os recebem, incluindo a Colômbia. Para responder à pandemia de COVID-19 na Colômbia, nós:
Fatos e números: Iêmen
O Iêmen ainda está sofrendo com a pior crise humanitária do mundo. Em meados de 2020, mais de 24 milhões de pessoas dependiam de assistência devido aos combates persistentes, insegurança socioeconômica e fortes chuvas e inundações. Cerca de 3,7 milhões de pessoas foram registradas como deslocadas internas desde o início do conflito, em 2015. Apenas metade das unidades de saúde do país estão funcionando devido ao conflito, e a insegurança alimentar está aumentando novamente, especialmente para as pessoas deslocadas.
Em 2021, as necessidades permanecerão. O ACNUR se concentrará na entrega de ajuda humanitária a deslocados internos, retornados e comunidades locais afetadas. Para responder à COVID-19 no Iêmen, nós:
Fatos e números: Quênia
Há quase meio milhão de refugiados e solicitantes de asilo no Quênia. Mais de 80% deles vivem em campos onde a COVID-19 apresenta desafios significativos devido à densidade populacional. Na região mais ampla do Leste e Chifre da África, as medidas de resposta à COVID-19 foram priorizadas e a assistência em dinheiro foi significativamente expandida em 2020. Em outubro de 2020, 615.000 refugiados na região haviam recebido assistência em dinheiro – 180.000 deles especificamente por causa de perdas de meios de subsistência. Para responder à COVID-19 no Quênia, nós…
Com o seu apoio o ACNUR segue atuando nas principais crises humanitárias do mundo para proteger quem foi forçado a deixar tudo para trás.
Faça uma DOAÇÃO AGORA para apoiar os nossos esforços. Você pode salvar vidas!
Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter